sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Nos tempos do Clube do Bloquinho

Capitão Aza
A campanha de lançamento do Aranha e Capitão foi realizada através de um encarte chamativo nas revistas Manchete, Fatos & Fotos e Amiga – que ainda englobava títulos como Super-Gato Félix e Bloquinho (com os personagens Escovinha, Porfírio, Buck Zé e Supermino) –, e adiantou aos leitores que os gibis de Hulk, Thor, Namor, Homem de Ferro, Tocha Humana e Mestre do Kung Fu também viriam na esteira. A excitação foi instaurada entre os fãs com as chamadas no programa infantil de Wilson Vianna, vulgo Capitão Aza, transmitido pela TV Tupi e patrono do “Clube do Bloquinho” (uma espécie de versão tupiniquim do fã-clube oficial dos Heróis Marvel de Stan Lee, o Merry Marvel Marching Society), com direito a pôsteres grátis para quem se filiasse ou abrisse uma conta-poupança nas agências da Caderneta Grande Rio, patrocínio a eventos esportivos, sorteio de revistas e o agendamento de visitas às escolas e espetáculos com o Capitão e sua turma nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.

Capitão AZA

O Capitão AZA foi criado em Setembro de 1966 durante a ditadura militar, servindo como homenagem a um falecido herói da FAB que lutou na Segunda Guerra Mundial, o capitão aviador Adalberto Azambuja, que era conhecido como AZA entre os aviadores.

O Capitão AZA, com seu uniforme aeronáutico e o capacete de piloto com o "A" com duas asas, era interpretado pelo ator e policial civil Wilson Vianna, e foi criado para tentar superar o programa concorrente da Rede Globo, Capitão Furacão, tendo conseguido tal objetivo ao, após alguns meses, liderar a audiência junto dos mais jovens.

O Capitão Aza buscava trazer à tona bons conselhos como estudar, respeitar os mais velhos, compartilhar da amizade, carinho e amor das pessoas. Sempre que possível e principalmente nos finais de semana, levava as crianças a passeios turísticos promovidos pela TV Tupi junto com os patrocinadores Riotur e Casas Sendas. Ídolo de toda uma geração, passou a fazer parte do imaginário das crianças de então, que não parecem esquecê-lo até hoje.

O programa dava a oportunidade às crianças de se tornarem artistas através da "Mini Change", espécie de programa de calouros, onde eles eram julgados por um Júri. Os melhores ganhavam cadernetas de poupança e outros prêmios.

Durante os 13 anos que esteve a frente do programa, Wilson Vianna visitou aproximadamente 100 escolas por ano, mantendo assim estreito contato pessoal com os fãs do programa. Em suas visitas, sempre se fazia acompanhar de um guarda policial-militar, um marinheiro, um bombeiro e um ex-oficial da FEB, levando a sua mensagem de civismo às crianças.

Nas datas festivas como o 7 de Setembro, o desfilava com sua possante moto na Av. Presidente Vargas, no Rio de Janeiro, além de exaltar os feitos dos ex-combatentes (pracinhas) na campanha da Segunda Grande Guerra Mundial. Quina no Lotérico